A primeira condenação por abuso de informação privilegiada, ou insider trading, acabou de acontecer na indústria cripto, com antigo gerente de produto da Coinbase se declarando culpado.
Ishan Wahi, ex-gerente de produto da Coinbase Global, confessou ter cometido uma conspiração de fraude em conexão com um esquema de informações privilegiadas.
Ele admitiu compartilhar informações confidenciais sobre o planejamento de listagem de tokens da Coinbase para ganho pessoal, tornando-se o primeiro indivíduo a confessar a culpa em um caso de abuso de insider trading no mercado de criptomoedas.
O Procurador do Distrito Sul de Nova York, Damian Williams, declarou que o abuso de informações privilegiadas, seja nos mercados de ações ou de criptomoedas, é um crime federal grave, e que décadas de experiência na investigação de casos de insider trading para processar o crime em qualquer forma que ele assuma.
Wahi trabalhou como gerente de produto na Coinbase e tinha conhecimento detalhado dos planos da empresa. Ele compartilhou essas informações confidenciais com dois indivíduos, Nikhil Wahi e Sameer Ramani, que se envolveram em negócios lucrativos após os anúncios públicos da Coinbase.
A atividade comercial foi notada e relatada por uma conta no Twitter, bastante conhecida pela comunidade cripto, o que levou a Coinbase a investigar o assunto. Wahi comprou um voo de ida para a Índia antes de ser entrevistado pela Coinbase, mas foi impedido pelas autoridades policiais de deixar o país.
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Wahi deve ser sentenciado pela juíza distrital Loretta A. Preska em 10 de maio de 2023, e pode enfrentar uma pena máxima de 20 anos de prisão para cada acusação. Ela elogiou o trabalho de investigação do Federal Bureau of Investigation (FBI) e reconheceu a assistência do Departamento de Justiça e da Comissão de Valores Mobiliários (SEC), que iniciou um processo civil separado contra Wahi.
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