O Cointimes teve acesso exclusivo a documentos de uma empresa hondurenha que investiga o Atlas Quantum por lavagem de dinheiro e vai processá-la pedindo cerca de 1400 bitcoins.
- A dívida de R$45 milhões do Atlas;
- Empresa de Honduras contratou uma equipe de investigação especializada em lavagem de dinheiro;
- Atlas teria lavado dinheiro no Brasil para atividades ilícitas?
- Resposta do Atlas Quantum e empresas envolvidas;
Atlas devendo 1467 bitcoins
O CEO do Atlas Quantum já revelou que a empresa deve cerca de 7500 bitcoins aos seus clientes, algo em torno de R$223 milhões. Dessa quantia vultuosa, 1467,1476 bitcoins são devidos a uma empresa hondurenha, segundo documento obtido.
Essa empresa, cujo nome não podemos revelar por motivos legais, oferece soluções de OTC e produtos para o mercado financeiro.
Vale lembrar que Rodrigo Marques (CEO do Atlas) passou anos criando uma corretora de commodities e bitcoin em Honduras.
Segundo o blog oficial do Atlas, Marques ficou de 2013 até por volta de 2015 no país da América Central:
“Em 2013, o empresário foi para Honduras fundar a primeira corretora de futuros e commodities em Bitcoin.”, diz o blog do Atlas
Conforme revelamos na história não contada do Atlas Quantum, Rodrigo voltou para o Brasil sem muitos recursos financeiros, mas rapidamente conseguiu investidores milionários.
Talvez uma das empresas que ajudou a dar o ponta-pé inicial no Atlas tenha sido essa companhia hondurenha.
Atlas Quantum lavando dinheiro?
Em busca de quase R$45 milhões em bitcoins, a empresa de Honduras contratou uma companhia especializada em investigação de fraudes e lavagem de dinheiro.
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Pelos relatórios gerados, é alegado que existe uma suspeita que as transferências feitas da Atlas Quantum para outras exchanges foram feitas “por meio de atos fraudulentos e ilegais”.
“Existe a suspeita de que essas transferências foram feitas por meio de atos fraudulentos e ilegais, com o possível intuito de lavagem de dinheiro”, diz o documento
Através de um renomado escritório de advocacia brasileiro, a empresa de Honduras, baseada nos seus relatórios e saldos na plataforma Quantum, pretende processar o Altas tanto na esfera civil quanto na criminal.
Até o momento, não tivemos acesso ao relatório da investigação, portanto, não é possível saber o grau de acuracidade dos dados. Pelo que sabemos, o processo contra o Atlas ainda não foi feito.
Tentamos contato com o escritório que está cuidando do caso, mas não obtivemos respostas. Também tentamos contato com a assessoria do Atlas, mas não obtivemos sucesso.
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