Uma pesquisa do gigante banco de investimentos JPMorgan concluiu que as gerações mais antigas acumularam mais ouro durante a pandemia do Covid-19, enquanto a geração millenium se voltou para o Bitcoin.
A crise financeira provocada pela pandemia do Covid-19 destacou as diferentes abordagens de investimento pelas diferentes faixas etárias. De acordo com uma nova análise do banco que costumava desmerecer o Bitcoin, as gerações mais jovens optaram pelo Bitcoin durante a crise.
Ouro para os mais velhos, Bitcoin para os mais novos
A Bloomberg citou a mais recente pesquisa do JPMorgan orientada ao comportamento dos investidores de varejo durante e após a crise do coronavírus. A equipe estrategista liderada por Nikolaos Panigirtzoglou concluiu que os baby boomers (nascidos entre 1946 e 1960) decidiram evitar manter ações, principalmente ligadas ao setor de tecnologia.
Em vez disso, concentraram-se em acumular ativos considerados tradicionalmente mais “seguros” e menos voláteis, como ouro e títulos do governo. “As gerações mais antigas continuaram alocando seu excesso de liquidez em fundos de títulos públicos, cuja compra permaneceu forte durante junho e julho”, diz o estudo.
Por outro lado, e talvez sem surpresa, as gerações mais jovens alocaram mais fundos em ativos mais arriscados – como ações e criptomoedas – particularmente o Bitcoin. Por fim, os analistas destacaram que as duas gerações demonstram sérias divergências em suas preferências e concluíram que “as gerações mais velhas preferem ouro, enquanto as mais jovens preferem o Bitcoin”.
Curiosamente, a conclusão do JPMorgan coincide perfeitamente com a opinião de Robert Kiyosaki. Ao dizer que ouro, prata e Bitcoin poderiam educar as pessoas, o autor do Pai Pobre Pai Rico afirmou que os metais preciosos são para os idosos, enquanto o Bitcoin é para os jovens.
Isso pode explicar o sucesso do Bitcoin
Essa tendência pode ser a prova do sucesso futuro do Bitcoin, enquanto se espera uma grande transferência de riqueza entre gerações nos próximos anos através de heranças.
Um estudo da Kraken procurou quantificar o fluxo potencial de riqueza para o Bitcoin. Para fazer isso, eles consideraram a taxa de adoção de tecnologias inovadoras, a quantidade de riqueza a ser herdada e a alocação esperada de riqueza para o Bitcoin em 2044, ou “o pico da alocação”.
Eles também fizeram suposições sobre as taxas de investimento futuro com base em preferências e imposto sobre herança. Se os requisitos esperados forem atendidos, e os Millennials alocarem 5% de sua riqueza após um imposto de 2% no Bitcoin, então até 2044, o valor total investido estará próximo a US$ 1Tri.
Ao implicar também a oferta marginal para esse cenário, o relatório finalmente previu que o Bitcoin chegaria a US$ 350.000 em 2044. No entanto, também disse que isso se baseia apenas na riqueza de herança dos EUA. Significando que excluiu o resto do mundo e portanto seria uma previsão relativamente “segura”.
Se isso ocorrer, o valor de mercado total do BTC aumentará para mais de US$ 6Tri. Embora pareça um resultado improvável no momento, o CEO da Binance, Changpeng Zhao, apontou como isso poderia acontecer nos anos seguintes.
Enquanto isso, o ouro e o Bitcoin continuam a subir
Como publicamos anteriormente, o ouro acabou de superar a marca dos US$ 2.000 e não parece estar parando por aí. O ouro já conseguiu valorizar mais de 30% desde o começo do ano, só perdendo para o Bitcoin que subiu 57% apesar da crise. Tanto para o ouro digital, quanto para o real os analistas acreditam que a alta não vai parar por aqui.
Segundo o Goldman Sach, até o final do ano é projetado que o ouro atinja US$2.300,00. Como principais razões para essa alta sem precedentes as principais são:
- Taxa de juros baixa, o que torna títulos governamentais menos atrativos;
- Instabilidade política nos EUA e na “nova guerra” fria com a China;
- Possível desvalorização do dólar e alta inflação após a crise.
Mas apesar da alta, muitos indicadores técnicos mostram que o ouro está sobrecomprado. O que esperar do ouro? E do ouro digital?
Para saber mais sobre o Bitcoin leia: 5 razões para o Bitcoin continuar subindo.