Olá, amigo leitor de artigos de fontes confiáveis e não de correntes whatsappianas, seja bem vindo à morte de uma clássica fake news em período eleitoral. Aposto que você leu ou ouviu de alguém nas últimas semanas que o ideal seria “todo mundo votar nulo para invalidar as eleições”. Confirma (ops)?
Pois bem, trago verdades. Antes de mostrar o porquê essa afirmação é uma grande mentira ventilada aos quatro cantos, queria reforçar a tristeza de não me sentir representado por nenhum dos candidatos que lá estão (tanto para a presidência quanto para o governo do Rio, onde voto e vejo de forma melancólica o quanto se deteriora ano após ano).
Um fato é: a força das abstenções e anulações aumenta a cada eleição. Sobre o total de possíveis votantes em 2006 esse número de abstenções, brancos e nulos era de “apenas” (cof cof cof) 23,76%, subiu para 27% em 2010 e chegamos a vergonhosos 29% no primeiro turno destas eleições.
Seja pela obrigatoriedade ou pela falta de boas opções, vemos que o povo participa cada vez menos eleição após eleição, de forma gradativa.
A anulação das eleições
Sobre a grande mentira da anulação das eleições: isso não é possível com o sistema eleitoral que temos em vigência. Essa mentira se deu muito por conta do que existia até 1997, quando o voto em branco era contado como válido nas eleições proporcionais de deputados e vereadores.
Basicamente, agora, o que conta para a eleição são os votos válidos. Se, em uma situação hipotética, todos os eleitores se revoltassem com a situação e votassem branco ou nulo e apenas um eleitor votasse em um candidato, seria exatamente ele o eleito.
“Ah, mas isso é um absurdo, Roberto! Se a maior parte da população foi contra os dois, o certo seria nenhum deles entrar”. Concordo com você, caro leitor, mas não será possível que novas eleições aconteçam. Simplesmente porque nosso sistema eleitoral não funciona dessa forma.
Eu sei, você está chateado ao ler isso, te entendo. No fundo seu voto nulo ou branco era um voto de protesto e você queria que isso fosse “ouvido”. Mas não é, nem um pouco. Segundo a nossa Constituição Federal de 1988: “é eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos válidos, excluídos os brancos e os nulos”.
Agora que você já está 50% chateado comigo, eu vou completar sua chateação com os outros 50%: com sua anulação ou ausência você está, indiretamente, aceitando quem está na frente nas pesquisa (falando em pesquisas, recomendo esse texto que mostra o malefício da indústria das pesquisas no resultado das eleições).
“Claro que não, Roberto, estou me abstendo, não dando voto para o primeiro!”. Concordo, seu voto não será computado para o primeiro lugar, outra mentira que rodava muito por aí, mas você está sendo conivente com quem está lá, simplesmente pela sua abstenção. Ainda nesse caminho recomendo muito que você assista a essa campanha sensacional do Burguer King e repense.
Para finalizar as polêmicas, o Cointimes é um portal imparcial, com espaço para a visão de todos (mais uma recomendação de leitura aqui) e estou aqui trazendo minha parcialidade e recomendação: escolha um lado, saia da sua bolha.
Se para uma vaga de emprego na sua empresa você entrevista 10 pessoas, pelo menos, lê mais de 20 CVs e ainda faz testes, porque na hora de eleger seu presidente ou governador você se abstém? Leia (de fontes confiáveis), estude, entenda os possíveis impactos da eleição do candidato X ou Y. Muito melhor você sabendo do que ouvir de alguém depois um “você não pode falar nada, você não votou”.
Fontes:
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Lamento discordar veementemente do autor desse artigo, mas votar branco ou nulo ou mesmo justificar seu voto tem sim um peso significativamente alto e muito importante para os resultados das eleições e vou mostrar o porquê. Quando votamos nulo ou em branco ou justifica-se o voto, estamos de fato nos abstendo de escolher o menos pior. E dessa forma, estamos de fato tornando tal escolha, qualquer que seja, ilegítima e inválida, mesmo que o governo afirme que não. Estaremos atestando que este sistema de votação dito como democrático simplesmente não funciona, pois apenas corrobora a escolha de uma minoria (no caso, a maioria que se absteve, claramente votou em NINGUÉM, dentre as opções impostas, para assumir o cargo).
Como é um sistema coercitivo e que não possui nenhuma legitimidade, pois não representa a vontade da maioria, não tem validade prática, pois qualquer que seja o candidato eleito, este não terá argumentos reais e válidos na prática para dizer que foi eleito pela maioria ou até mesmo para dizer que lhe representa.
As abstenções também denotam repúdio as regras desse sistema que não resolve o problema sobre selecionar um representante legítimo, ou seja, é uma forma de dizer ao estado coercitivo que:
1) Não concordo com as opções impostas a mim.
2) Não concordo com o fato de votar ser obrigatório. Se é um direito, por exclusão não deveria ser obrigatório, pois direito é facultativo, você pode fazer usufruto ou não, pois trata-se de um direito.
3) Provo, através de números, que esse pleito não tem validade, pois o político que teoricamente representaria 100% da população do país, teve sua permissão apenas dada por 20% dessa mesma população, ou seja, o outros 80% (abstencionistas, crianças e idosos não obrigados a votar e optantes do “outro” candidato) não votaram nele, e portanto, este mesmo político não possui, de fato, legitimidade para representar os 100%. Abster-se é sim uma escolha, deslegitima a coerção e principalmente o permite deixar com a consciência tranquila, muito diferente do que ter que escolher o menos pior. (Dilma x Aécio foi um grande exemplo nas eleições passadas, não cometa o mesmo erro).
E digo mais: o número de abstenções só tende a aumentar nas próximas eleições, pois a população está cada vez mais consciente e se tornando cada vez mais instruída sobre tudo, se educando através do barateamento do acesso a conhecimento e informação, assim vem aprendendo como o estado funciona e qual é a real função dessa instituição. A descentralização do acesso a informação que a internet oferece está permitindo que as camadas mais humildes se beneficiem disso, portanto logo mais teremos mais da metade de abstenções, conforme a população vai se educando e se conscientizando, é uma questão de tempo apenas.
Concordo totalmente, e mesmo sabendo disso, ainda sim irei votar no Bolsonaro, é, contraditório, mas ao mesmo tempo eu penso no gradualismo, acredito que para eliminar o estado, você precisa se infiltrar nele, assim conhecer seu modo de agir, e começar minar, como um vírus, não sei se tem alguma lógica, ou se é mais fé, acredito que seja mais fé da minha parte, ainda carrego essa opção de votar no menos pior, talvez se deva a ver o mesmo partido por 13 anos, cometendo mesmo erro, falando mesmas mentiras, prometendo as mesmas coisas, e a galera continua acreditando, é incrível, é um loop monstruoso que eu fico olhando, e não consigo não fazer nada, dessa vez vou, talvez seja minha última, mas sempre digo isso. =’/