Enquanto investidores se perguntam se as ações já atingiram o fundo do poço do mercado, Chris Verrone, analista na consultora financeira Strategas, afirma que ainda não chegamos lá.
Na terça-feira (21), durante o programa de televisão Squawk Box, Verrone, líder da equipe de pesquisa técnica e macro e sócio da Strategas, disse que o S&P 500 ainda vai cair mais.
Como reportado mais cedo pelo Cointimes, na sexta-feira (17) o índice fechou em 3.674,84, sua pior semana desde 2020.
“Durante mercados de baixa como este, existem momentos de alta que são muito, muito sedutores,” disse o analista, se referindo aos períodos de recuperação de curto prazo nos preços de ações apesar do declínio a longo prazo do mercado.
Segundo Verrone, o trabalho da Strategas tem mostrado que “historicamente, esses períodos duram cerca de dois meses, e não ultrapassam 15 ou 20% dos mínimos.” Ou seja, como a principal tendência de baixa continua a se reafirmar, investidores devem ser cautelosos para não concluírem erroneamente que o curto prazo marca o fim da queda prolongada.
O analista também ressalta a importância de distinguir um pico na sobrevenda, geralmente causado por uma recuperação a curto prazo após liquidação, e uma capitulação.
A capitulação é um aumento da pressão de venda em um mercado em declínio. O termo é usado para indicar o momento em que, à medida que a queda acelera, investidores decidem desistir das tentativas de recuperar investimentos perdidos como resultado da queda dos preços de ações.
Verro enfatiza que atualmente o mercado está passando apenas pelo pico na sobrevenda, “principalmente nas últimas duas semanas,” que ele considera como “duas das piores semanas da história do mercado, ao lado de 2008 e 2020.”
No entanto, segundo Verro, as baixas recentes tiveram sinais “muito claros” de capitulação, que os investidores ainda não haviam mostrado este ano. O analista acredita que ainda faltam algumas características para que efetivamente seja o caso, visto que “baixas muitas vezes se parecem historicamente.”
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