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Polícia Federal apreende criptomoedas em Operação Smoke Free

Polícia Federal

A Polícia Federal apreendeu criptomoedas durante ação contra quadrilha internacional especializada no comércio ilegal de cigarros. A Operação Smoke Free contou com 40 equipes para, nesta quarta-feira (23), no Rio de Janeiro, fazer o cumprimento de 27 mandados de prisão preventiva.

A 3ª Vara Federal Criminal também expediu 50 mandados de busca e apreensão, além de ter determinado bloqueio, sequestro e apreensão de bens como imóveis, criptomoedas, automóveis de luxo e dinheiro em espécie, avaliados em R $300 milhões. 

De acordo com a Polícia Federal, o grupo criminoso atua pelo menos desde 2019 vendendo cigarros de maneira ilegal em áreas de facções criminosas do Rio, através de um acerto com outras organizações criminosas. As notas fiscais do produto eram falsificadas ou, às vezes, nem sequer emitidas.

Dívidas à União

O dinheiro obtido com a venda ilegal de cigarro era lavado e remetido de forma irregular ao exterior, fazendo também o uso de criptomoedas para dificultar o rastreamento dos ativos. O grupo que dá apoio ao esquema criminoso é, segundo a PF, um devedor da União, que deixou de recolher cerca de R $2 bilhões aos cofres públicos.

A operação contou com o apoio do Ministério Público Federal (MPF) e da US Homeland Security Investigations, Agência de Investigações da Segurança Interna dos Estados Unidos, a qual compartilhou informações com a PF.

Desde 2019 a quadrilha depositava, transportava e comercializava cigarros de origem criminosa, efetuando lavagem dos recursos obtidos e deferindo o valor ao exterior de forma irregular, com falsificação ou não emissão de notas fiscais. 

A investigação, que teve início em 2020, relata que o grupo criminoso contava com policiais militares e bombeiros e com a coordenação de um policial federal, que operavam como uma célula de serviço paralelo de segurança para garantir o sucesso do contrabando. 

Os investigados podem responder por sonegação fiscal, duplicata simulada, receptação qualificada, corrupção ativa e passiva, lavagem de capital e evasão de divisas. Caso sejam condenados, cada membro do grupo pode receber cerca de 66 anos de reclusão. 

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