O Banco Central da Ucrânia emitiu uma declaração na quinta-feira (21) esclarecendo que compras de criptomoedas com a moeda nacional estão temporariamente proibidas.
Como explicado na declaração, os ativos diretamente conversíveis em dinheiro, considerados transações “quasi-cash,” agora só podem ser comprados com moedas estrangeiras, no limite de $100.000 hryvnias ucranianas (UAH) – equivalente a US$ 3.300, cerca de BRL$ 15.900.
O único capital permitido a sair do país é a moeda nacional enviada para ucranianos em outros países, por meio de transferências P2P. Estas transferências estão sujeitas ao mesmo limite citado acima.
Além da compra de criptoativos, o banco também especificou como transações quasi-cash aquelas que incluem reabastecimento de carteiras eletrônicas, corretagem ou contas de câmbio, e pagamento de cheques de viagem.
As restrições têm o objetivo de evitar a “saída improdutiva de capital” da Ucrânia. Vale ressaltar que qualquer investimento no exterior é ilegal sob a lei marcial do país.
As mudanças foram feitas pela Resolução da Diretoria do Banco Central da Ucrânia em 20 de abril. O PrivatBank – maior banco comercial da Ucrânia – já implementou as restrições, que permanecerão em vigência enquanto a lei marcial estiver em vigor.
O cripto na Ucrânia
No mês passado, o Presidente Volodymyr Zelensky assinou um projeto de lei para criar uma estrutura legal para criptomoedas durante o auge do conflito russo.
O vice-primeiro-ministro ministro Mykhailo Fedorov solicitou doações globais em vários criptoativos desde o início da guerra, incluindo Bitcoin, Ethereum, Polygon, Dogecoin, e outros, evidenciando o benefício trazido pelo uso de criptomoedas na Ucrânia em meio ao conflito.
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