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Banco é condenado a pagar US$920 milhões por manipular preço do ouro nos EUA

JPMorgan

Por mais de oito anos, o banco norte-americano JPMorgan causou mais de US$300 milhões em danos no mercado de metais preciosos e de Tesouros em um esquema de manipulação de preços.

Após admitir ao Departamento de Justiça dos Estado Unidos a prática ilegal de “spoofing”, o maior banco privado do mundo foi condenado a pagar US$920 milhões as autoridades norte-americanas.

O banco pagará a maior multa da história da Comissão de Negociação, Commodity e Futuros, com US$436,4 milhões em multa, US$311,7 milhões em restituições e mais de US$172 em desagregação pelos danos causados.

A resolução do Departamento de Justiça (DoJ) exige que mais de US $ 300 milhões da pena sejam reservados para cobrir vítimas potenciais que poderiam solicitar alívio por meio do governo.

“Por quase uma década, um número significativo de traders e pessoal de vendas do JPMorgan desrespeitou abertamente as leis dos EUA que servem para proteger contra atividades ilegais no mercado”, disse o diretor assistente responsável William F. Sweeney Jr. do escritório de campo do FBI em Nova York.

Uma organização criminosa ou bancária?

O maior banco dos EUA se dispôs a auxiliar nas investigações, que envolvem a prática de spoofing no mercado de ouro e prata, assim como na mesa de operações do Tesouro.

O spoofing é um ato ilegal de manipulação de mercado e consiste em colocar múltiplas ordens gigantes em preços diferentes para ludibriar os investidores e manipular o mercado para sugar outros pedidos e atingir um determinado preço. Quando a cotação desejada é atingida, as ordens “falsas” são rapidamente canceladas, segundo a lei australiana.

Os membros desse grupo discutiram abertamente suas estratégias ilegais por meio de bate-papos, com um comerciante escrevendo em seis ocasiões que estava “falsificando” o mercado, de acordo com a declaração dos fatos do governo.

Outro trader do Tesouro, em um bate-papo em novembro de 2012, descreveu seu sucesso em movimentar o mercado enganando os corretores de alta frequência: “um pouco de confusão e deslumbramento para controlar os algos [algoritmos]…”

O Departamento de Justiça foi severo com os funcionários que manipularam o mercado de metais preciosos e usaram a lei contra Organizações Corruptas – mais usada em casos envolvendo máfias.

Enquanto os funcionários da JPMorgan estavam praticando crimes financeiros, o CEO do banco alegava em 2017 que o Bitcoin tinha um “papel criminoso” na economia.

Os bancos criminosos 

Mas não é só o JPMorgan que está envolto em atividades ilegais. Documentos vazados no dia 20/09 mostram que HSBC e outros bancos estão envoltos em mais de US$2 trilhões em operações suspeitas. 

Enquanto no Brasil, o Itaú é investigado em processo de lavagem de dinheiro no âmbito da operação Lava Jato. O banco brasileiro também foi condenado a pagar uma multa de R$4 bilhões por fraude fiscal, chegou a perseguir a família do fundador de uma exchange de bitcoin e foi recentemente condenado a pagar indenização pelo maior roubo bancário do Brasil.

Atualmente, o Itaú não aceita qualquer relação com usuários de bitcoin e afirma que a criptomoeda é usada para atividades ilegais.

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