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BlockFi trava saques e pode estar à beira da falência após queda da FTX

BlockFi trava saques

A plataforma de empréstimos com criptomoedas BlockFi anunciou que interrompeu a possibilidade de saques dos clientes pois estava exposta à FTX e, portanto, não teria liquidez o suficiente para devolver os fundos de todos os clientes.

Em nota, A BlockFi alegou que ficou sabendo dos problemas da FTX pelo Twitter, assim como os demais usuários. “Dada a falta de clareza do status da FTX.com, FTX US e Alameda, nós não temos capacidade de operar normalmente.”, diz.

Garantindo que a proteção dos usuários e seus interesses eram prioridade da empresa, a BlockFi afirmou que estaria temporariamente parando a atividade na plataforma, travando saques e recomendando que os clientes não façam mais depósitos (nem na carteira BlockFi, nem na Conta de Rendimentos).

A empresa promete publicar mais informações sobre a situação o mais rápido possível, mas admite que a comunicação ficará menos frequente do que os usuários e investidores estão acostumados.

BlockFi e os seus erros ao longo do caminho

Fundada em 2017 e baseada em Nova Iorque, nos EUA, a BlockFi é uma empresa de empréstimos em bitcoin e cresceu muito rapidamente no mercado, chegando a dobrar sua receita após o halving do BTC em 2020.

No entanto, muitos erros foram cometidos ao longo da jornada e podem ter levado essa empresa a estar à beira da falência. O primeiro tiro no pé veio com a decisão de investir no maior fundo de Bitcoin do mundo, Grayscale Bitcoin Trust (GBTC), para tentar lucrar com um premium.

O preço da cota do GBTC tem a sua própria volatilidade, por alguns fatores como as taxas do fundo, e poderia então ter oportunidade de lucro em relação a comprar bitcoin diretamente, mas isso vem com riscos. De acordo com o trader Ray Neuner, a BlockFi em julho de 2021 estava exposta ao fundo com US $500 milhões, com um prejuízo de US $100 milhões.

Segundo o analista Lookonchain, a BlockFi recebeu grandes depósitos de usuários com a promessa de rendimento de 5% ao ano. Usar os fundos para tentar lucrar com o GBTC se provou um mau investimento após o lançamento de 3 ETFs de Bitcoin no Canadá, que levaram o premium do GBTC a sumir e tornar-se negativo a partir de março de 2021.

Ou seja, mesmo em um mercado de alta, a BlockFi conseguiu ter prejuízo de US $63,9 milhões em 2020 e mais de US $221,5 milhões em 2021, segundo uma análise do Otteroo (os números podem não ser precisos).

Entrando em 2022, o seu próximo problema seria legal. Ao entender que a BlockFi teria infringido leis mobiliárias, a SEC (Security Exchange Commission, a CVM americana) multou a empresa em US $100 milhões.

Por fim, outro mau investimento teria sido em fundos de criptomoedas que faliram, como a Three Arrows Capital (3AC). Esse fundo em específico tinha a BlockFi e outras empresas como credoras, e faliu devendo US $3,5 bilhões para 27 companhias de cripto (o quanto disso era da BlockFi é incerto).

A BlockFi só conseguiu continuar operando porque a FTX e a Alameda (que agora estão ruindo por seus próprios problemas de liquidez) resgataram a empresa com um empréstimo de US $250 milhões em junho deste ano.

Segundo fontes de Neuner, trader da CNBC anteriormente citado, a situação havia mudado e a FTX e Alameda estariam devendo US $600 milhões para a BlockFi. Caso a notícia seja confirmada, a falta de pagamento deste valor levaria a empresa de empréstimos a ter graves problemas financeiros (novamente).

Análise on-chain do Lookonchain revelou apenas US $18,37 milhões nas carteiras de Ethereum da BlockFi, principalmente em ETH (US $13,3M), USDC (US $3M), mas também BAT (US $762.567), USDT (US $478.180) e UNI (US $270.207).

Qual o futuro da BlockFi agora? Vamos esperar cenas dos próximos capítulos.

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