Líder em capitalização de mercado para DeFi e Web3, o Ethereum é o maior blockchain de infraestrutura do universo cripto e a rede da segunda maior criptomoeda, o ether (ETH). Atualmente, o ETH se tornou deflacionário; entenda o que isso significa.
De acordo com dados do Ultrasound Money, o Ethereum enxergou uma diminuição de oferta circulante de -1.957,74 ETH desde a atualização chamada de The Merge, que foi implementada há 125 dias.
Como a mudança é negativa (abaixo da linha branca horizontal), pode se dizer que o ether é atualmente deflacionário: mais moedas são queimadas do que são emitidas por dia, na média.
De um ponto de vista de mercado, isso tende a ser positivo para a cotação, pois não há diluição do poder de compra dos investidores que guardam suas moedas para o longo prazo com o aumento da oferta.
Isso foi possível principalmente graças à diminuição da inflação monetária que veio com o Merge, comumente chamado de “triplo halving” e pela atualização EIP 1559, que introduziu a queima de taxas em agosto de 2021.
Em relatório do Cointimes Club, publicado em 13 de janeiro, os analistas comentaram que a redução de 99,6% da emissão de novas moedas ainda não tinha sido refletida no preço do ETH, pois ele ainda estava sofrendo quedas durante o bear market generalizado. Isso logo mudou com as recentes movimentações de mercado.
Como o Ethereum evoluiu no ano passado
Para entender qual pode ser o futuro do Ethereum, precisamos entender como este blockchain vem evoluindo. Ainda sobre o The Merge, vale notar como ela também foi importante para a narrativa sustentável da cripto.
Ela garantiu uma maior eficiência de consumo energético para que a rede se mantivesse rodando de maneira segura, diminuindo em mais de 99% o consumo energético e geração de poluentes ao meio ambiente – atendendo algumas demandas de mercado para um uso mais sustentável dos recursos escassos em nosso planeta.
Se contraposta com outras infraestruturas blockchain para DeFi, o Ethereum se destaca de longe, principalmente ao considerar os dados de segundas camadas como Lido, Arbitrum, Optimism e Polygon.
A porcentagem do supply – cuja emissão já está reduzida – em contratos inteligentes segue uma tendência de alta, o que se relaciona diretamente com os dados de TVL que vimos anteriormente.
Atualmente, cerca de 25% de toda a oferta de ether já está sendo utilizada nas centenas de contratos inteligentes que existem em sua estrutura, incluindo aqueles utilizados como staking para validação da rede.
O que esperar para 2023?
Em 2023, o evento mais importante para o Ethereum é o que os desenvolvedores estão chamando de Shanghai Fork. Uma atualização que está programada para acontecer nos próximos 12 meses e promete a implementação do saque (ou resgate) dos ethers em staking dos validadores.
Atualmente, ao fazer staking e se tornar validador não é possível resgatar o valor travado. Por enquanto, os ethers ficam indeterminadamente ilíquidos. Com a implementação do staking líquido (com possibilidade de resgate), a opinião de analistas se divide sobre o que isso significa para o Ethereum como investimento.
Alguns dizem que a liquidez é ‘bearish’, pois um alto volume de ETH estará disponível para despejo no mercado, podendo criar uma forte pressão vendedora que deve jogar o preço para baixo.
Por outro lado, alguns dizem que a possibilidade de resgate após staking trará mais investidores com a intenção de travar seus fundos temporariamente, ao saber que poderão fazer o saque quando quiser – seguindo algumas regras e períodos de espera que estão em discussão na comunidade do Ethereum. Neste caso, a atualização deve trazer ainda mais valor para a rede, usuários e investidores.
Para saber a opinião dos analistas do Cointimes, leia o relatório “A visão do Cointimes para DeFi em 2023” e participe da comunidade no Discord.
Veja também: