Enquanto os canais do Estúdios Flow não estão mais gerando receita no YouTube há 50 dias, o Flow Podcast decidiu migrar para o Odysee.
Após falas polêmicas do Monark no episódio do Flow onde estavam os convidados Kim Kataguiri e Tábata Amaral, o YouTube impôs penalidades aos canais do estúdio que incluem diminuição do alcance e restrição da monetização. Além disso, o programa perdeu todos os patrocinadores, embora alguns tenham saído apenas temporariamente.
Bruno Aiub (Monark) saiu do podcast que ajudou a fundar, e mesmo assim não foi o suficiente para impedir ou reverter as punições da plataforma de vídeos do Google. Dessa forma, o Flow fechou uma parceria com a concorrente Odysee.
It's official, Flow Podcast is now on Odysee
— odysee (@OdyseeTeam) April 11, 2022
They're the biggest podcast in Brazil
We're super excited to be working with them@flowpdc
A parceria não conta com exclusividade, e portanto o Flow Podcast continua disponível em outras plataformas.
Enquanto isso, alguns dos maiores podcasts do Brasil estão em campanha pela monetização do Flow no próprio Youtube com a hashtag #MonetizaFlow, levantando todos os pontos em relação a suposta injustiça do Youtube:
desde fevereiro sem monetização #MONETIZAFLOW pic.twitter.com/atIaXPILil
— Flow Podcast (@flowpdc) April 11, 2022
Podpah 🤝 Flow #MONETIZAFLOW pic.twitter.com/QMNNWGcHPR
— Flow Podcast (@flowpdc) April 11, 2022
Estrutura do Odysee
O Odysee faz concorrência ao Youtube de uma forma diferente do Rumble, plataforma escolhida pelo Monark para hospedar o Monark Talks. Enquanto o Rumble ainda é centralizado, o Odysee se define como “uma plataforma que utiliza o melhor da WEB3 com o melhor da WEB2”.
Conforme Peter Turguniev, especialista em segurança no desenvolvimento de softwares, explicou em vídeo, o Odysee é uma plataforma peer-to-peer (P2P), o que significa que os vídeos nesta plataforma são mais resistentes à censura.
Ninguém pode decidir pela proibição de algum vídeo ou mandar tirar do ar, disse ele. “Não tem como o Odysee fazer isso, não é uma questão de eles não quererem fazer, não tem como. Porque no final das contas, os vídeos ficam todos nas máquinas dos próprios usuários. Na verdade o Odysee é o site que usa o LBRY, o protocolo usado para distribuir os vídeos.”
“Isso daqui não é um navegador, é um aplicativo. [Ele] mantém uma parte dos vídeos na minha máquina, outra parte na máquina de outra pessoa. E cada pessoa que roda o LBRY ela está contribuindo nesse esquema de Web3 de distribuição de conteúdo para garantir que o conteúdo não tenha como sair do ar.”
Patrocínio de uma exchange de criptomoedas
Em mais uma busca pela monetização do conteúdo de conversas livres, o Flow Podcast fechou uma parceria com a Bitfinex, uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo e uma das mais tradicionais.
A Bitfinex está chegando no Brasil com tradução em português de todo o site e suporte ao Pix para depósitos e saques. Além disso, é uma das primeiras exchanges a facilitar saques e depósitos a partir da Lightning Network do Bitcoin.
Recentemente, o ex-sócio do Flow, Monark, falou sobre a suposta decadência do Youtube e o futuro das plataformas P2P, exaltando o Bitcoin como pioneiro em mostrar a importância da descentralização para as pessoas.
Mas qual a sua opinião sobre o Flow Podcast indo para uma plataforma P2P e recebendo patrocínio de uma das maiores empresas do setor de criptomoedas? Deixe um comentário abaixo.
Veja também: