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Governo desiste de privatizar Casa da Moeda

Bolsonaro ao fundo o brasão da República

A Casa da Moeda foi retirada do plano de privatizações do governo federal após uma reunião do conselho do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), vinculado ao Ministério da Economia.

De acordo com a Agência Brasil, a decisão foi anunciada em entrevista à imprensa na quarta-feira (25). Mas não é de hoje que os planos de privatizações não andam, até mesmo a TV Lula ainda não foi vendida pelo governo Bolsonaro, uma das promessas do atual presidente em época de campanha.

A Casa da Moeda é atualmente uma empresa estatal responsável pela fabricação de papel-moeda no Brasil. Mesmo se privatizada, ela continuaria subordinada ao Banco Central do Brasil, autarquia que supervisiona o sistema financeiro do país.

A empresa administrada pelo Estado passou por problemas de gestão e foi afetada pelo fim do monopólio a partir de uma lei de 2017, que permitiu que o Banco Central contratasse fornecedores estrangeiros para a fabricação de moeda. Ironicamente, a Casa da Moeda demitiu mais de 100 funcionários por falta de dinheiro, em agosto de 2019.

Em setembro do mesmo ano, Fernando Ulrich, conhecido por ser um entusiasta do Bitcoin e da Escola Austríaca de Economia, tornou-se conselheiro da Casa da Moeda. Mesmo assim, a empresa seguiu fabricando apenas reais e não minerou nenhum bitcoin.

Em outubro de 2019, a empresa foi incluída no programa de concessões por meio de um decreto presidencial. Ao final daquele ano, a Casa da Moeda apresentou um rombo de cerca de R$ 100 milhões. De lá para cá, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) gastou 2,8 milhões de reais para realizar um estudo de viabilidade do negócio.

Após toda essa gastança de dinheiro público, o governo descartou a ideia de vender a empresa. Assim, os possíveis próximos prejuízos continuarão sendo socializados.

Qual a sua opinião sobre a Casa da Moeda continuar sendo uma empresa pública? Deixe seu comentário logo abaixo da matéria.

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