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O The Merge chegou! E agora?

Logo do Ethereum brilhando sobre uma cidade escura

O que acontecerá com o Ethereum e com o mercado cripto, e o que há no horizonte para as próximas fases dessa grande atualização?

A grande atualização do Ethereum está oficialmente iniciada hoje com a sua primeira fase, o The Merge. Já começamos a ver algumas movimentações do mercado em resposta a esse momento importante — algumas eram aguardadas, outras nem tanto.

Efeitos a curto e a longo prazo

Quem já esperava por uma ascensão imediata do Ethereum com a chegada do The Merge acabou se deparando com uma realidade diferente: o token seguiu com pouca volatilidade e manteve a lateralização, mas sofreu uma leve queda de 0,1%, oscilando entre US $1.500 e 1.650.

Com o mercado cripto ainda em uma grave baixa e a economia global se aprofundando em crises, o fato de o Ethereum não ter imediatamente respondido de forma positiva não é nada além do natural para um cenário macro tão desestabilizado financeiramente. Não dá para esperar que qualquer ativo se valorize tão rapidamente em pleno bear market.

Ainda assim, toda a expectativa gerada pelo The Merge levou a muitas concepções exageradas, até mesmo incorretas sobre o momento do ciclo e sobre o que essa atualização significa para o Ethereum e para o mercado como um todo.

Muitos acreditavam, por exemplo, que o The Merge já traria maior escalabilidade e taxas de transação mais baratas à rede do Ethereum. A realidade é que o foco agora está em iniciar um movimento deflacionário do ether (o chamado halving triplo), que de fato já começou a acontecer; e reduzir o custo de energia da rede em impressionantes 99% por meio da retirada dos mineradores, graças à mudança do algoritmo de consenso de proof of work para proof of stake.

Esses fundamentos de escassez da atualização do Ethereum serão imprescindíveis futuramente, mas no curto prazo simplesmente não há estímulos o suficiente para aquecer o mercado — muito pelo contrário: o que se observa são os ativos de risco perdendo dinheiro em favor de investimentos mais seguros.

Muito do que está sendo dito aqui não é novidade para quem está acompanhando nossas análises de mercado aqui no Cointimes (inclusive a última), mas passada essa fase inicial de transição, devemos começar a ver os frutos desse começo de atualização sendo colhidos quando os blocos da rede começarem a ser validados pelos primeiros grandes players e mais capital começar a entrar no mercado.

Para o próximo ciclo de alta, é bem possível imaginar o ether disparando; só vamos ter que aguardar um mínimo de estabilização macroeconômica para aí sim vermos a rede do Ethereum se ajustando, por exemplo, ao cenário inflacionário que irá encontrar.

E depois do The Merge?

Temos falado repetidamente sobre o The Merge, mas muitos esquecem que ele é apenas a primeira fase de cinco dessa grande e longa atualização da rede do Ethereum. Afinal, o que vem por aí após esse pontapé inicial que representa um marco para o projeto e para todo o criptomercado?

De acordo com o cronograma da atualização, o próximo passo é o The Surge. Programada para 2023, essa segunda etapa é a que de fato começará a trazer maior escalabilidade para  o ecossistema do Ethereum. Isso será feito a partir do sharding, que é a divisão de toda a rede de blockchain em partições menores, denominadas shards (em português, fragmentos). Essa implementação vai melhorar significativamente a capacidade de armazenamento e acesso de dados da rede.

Graças ao sharding, a carga de trabalho e os dados armazenados ficarão muito melhor distribuídos, reduzindo o congestionamento e aumentando a quantidade de transações na blockchain do projeto, tornando-o ainda mais descentralizado por meio dessa horizontalização do banco de dados.

Apesar de o The Surge estar agendado para 2023, é meio difícil acreditar que ele será implementado tão pouco tempo após o seu antecessor, sobretudo se considerarmos o quanto demorou para o próprio The Merge se tornar funcional na rede do Ethereum; quando projetamos mais para frente, o cenário se torna ainda mais nebuloso.

Para que o The Surge e as próximas atualizações do Ethereum aconteçam dentro do previsto, será necessário um enorme esforço não apenas de avanço tecnológico, mas também cultural e da comunidade cripto.

Se não houver, por exemplo, um êxodo considerável de desenvolvedores de outros mercados para o projeto de Vitalik Buterin, é altamente improvável que cada etapa seja concluída anualmente, nos levando a uma projeção de no mínimo 4 ou 5 anos caso tudo transcorra dentro do planejado.

Mas não vamos nos adiantar tanto. Por enquanto, precisamos apenas acompanhar os desdobramentos da atualização que de fato já aconteceu e ver como se comportam o mercado de criptomoedas e o Ethereum a curto prazo.

Para seguir de olho nos desdobramentos pós-Merge, vem para o Discord da Foxbit para conversar com a nossa comunidade de traders e especialistas que estão sempre ligados nos principais acontecimentos do mercado!

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