Como a indústria cripto continua a crescer tanto em adoção quanto em maus atores, a busca por regulamentação está mais forte que nunca, especialmente considerando que o impacto negativo das falências poderia ter sido amenizado com uma regulamentação adequada.
O Reino Unido está disposto a dar o primeiro passo, entre outros líderes globais, para trazer regulamentação para a indústria de criptomoedas.
Com base na mesma maneira como as empresas financeiras tradicionais são vigiadas, o governo britânico estabeleceu, na terça-feira (31), várias medidas para controlar o setor de negócios relacionados à criptomoedas.
Reino Unido propõe setores para regulamentação
Os principais aspectos a serem regulamentados pelo governo britânico incluem o setor que permite aos intermediários financeiros e custodiantes armazenar cripto ativos em nome dos clientes. Considerando que esta foi a principal idéia por trás da maioria das falências dos negócios cripto no ano passado, incluindo a FTX, o Reino Unido está interessado em dar início a uma regulamentação rigorosa sobre empréstimos de risco entre múltiplas empresas cripto.
Leia mais: EUA e Reino Unido estão investigando a FTX, mas por motivos diferentes
A proposta visa focar na proteção ao consumidor e na resiliência operacional das empresas, de acordo com uma declaração divulgada no final da terça-feira. Além disso, essa proposta visa implementar requisitos rigorosos de transparência nas exchanges.
Andrew Griffith, secretário de economia do tesouro, disse que o governo deve “permanecer firme no compromisso de fazer crescer a economia e permitir mudanças tecnológicas e inovação, e isto inclui a tecnologia de cripto ativos. Mas também devemos proteger os consumidores que estão adotando esta nova tecnologia, garantindo padrões transparentes e justos.”
O governo britânico também visou o setor de publicidade e propaganda, permitindo que somente empresas com registro na Financial Conduct Authority (FCA) prossigam com sua promoção enquanto o regime cripto mais amplo está sendo estabelecido.
No entanto, como a regulamentação não é um trabalho de uma única entidade e tem que passar por várias aprovações e procedimentos, a CNBC afirmou: “Provavelmente levará anos até que as medidas sejam aprovadas pelo Parlamento.”
Leia também: