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Web3: roubo, lavagem de dinheiro e manipulação de mercado

atividades ilícitas

Como uma prévia de seu Relatório State of Web3 , que será publicado na íntegra em junho, a Chainanalysis divulgou um post sobre alguns dos abusos que maus atores podem fazer às novas tecnologias do mercado.

O objetivo final do mercado seria erradicar tal abuso, contando muitas vezes com a ajuda do setor público, “para que novos usuários possam se sentir seguros adotando a tecnologia, para que a indústria continue a crescer, e que o uso ilícito da tecnologia represente uma parcela cada vez menor do uso total ao longo do tempo.” Com isso, a Chainanalysis investigou alguns dados criminosos dentro do mercado. 

Percentual do volume de transações ilícitas de criptomoedas entre 2017 e 2021. Fonte: Chainalysis.

Crimes relacionados a DeFi

Embora crimes baseados em criptomoedas ainda sejam um problema importante a ser resolvido, a atividade ilícita se tornou uma parte menos proeminente do ecossistema geral nos últimos três anos. No entanto, DeFi parece estar passando pelos mesmos problemas com o aumento da atividade ilícita nos últimos dois anos.

As transações ilícitas de DeFi têm aumentado constantemente, principalmente em duas áreas, roubo de fundos através de hacking e abuso dos protocolos DeFi para lavagem de dinheiro. Com isso, os protocolos DeFi têm sido responsáveis por uma parte de todos os fundos roubados de plataformas de troca de criptomoedas desde o início de 2020. Em 2021 os protocolos de DeFi se tornaram alvo de hackers que procuravam roubar criptomoedas, mas acabaram perdendo a grande maioria dos fundos roubados no ano.

Desde 1º de maio, os protocolos DeFi representam 97% dos $1.68 bilhões de dólares de criptomoedas roubadas em 2022. Grande parte dos roubos dos protocolos DeFi foram para grupos de hacking associados ao governo norte-coreano, especialmente em 2022

Mais detalhes em: 97% das criptomoedas roubadas em 2022 vieram de DeFi

A lavagem de dinheiro é outra questão séria, pois os protocolos DeFi representam uma parcela cada vez maior de todos os fundos enviados de endereços ilícitos para serviços nos últimos dois anos. Até agora, em 2022, os protocolos DeFi se tornaram o maior destinatário de fundos ilícitos, recebendo 69% de todos os fundos enviados de endereços associados à atividade criminosa, em comparação com 19% em 2021. 

Em 2021 crimes com criptomoedas chegaram a US$14 bi, mas representam apenas 0,15% do total de transações.

Uma razão para isto é que os protocolos DeFi permitem aos usuários trocar um tipo de criptomoeda por outro, o que pode complicar o rastreamento do movimento de fundos.

Crimes relacionados a NFTs

A Chainalysis também detectou atividades significativas de wash trading, bem como lavagem de dinheiro baseados em NFTs, e descobriu que, enquanto a maioria dos wash traders acabava perdendo dinheiro devido às taxas, os traders mais bem sucedidos obtinham grandes lucros ao inflar artificialmente os valores de seus NFTs fazendo offloading com usuários desavisados.

O relatório explica que a prática “é uma forma de manipulação de mercado na qual um vendedor está em ambos os lados de uma negociação – em outras palavras, vendendo um ativo para si mesmo – a fim de criar uma percepção enganosa do valor ou liquidez desse ativo”. 

Em teoria, wash trading é relativamente fácil de fazer com NFTs tendo em vista que algumas plataformas de negociação NFT permitem que usuários efetuem negociações simplesmente ao conectar carteiras à plataforma, sem a necessidade de identificação.

A prévia completa do relatório está disponível aqui.

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