O Bitcoin já foi declarado morto pela mídia tradicional e críticos famosos por mais de 450 vezes. A invenção de Satoshi Nakamoto, lançada em 2009 para o mundo, sempre foi vista com ceticismo, mas cada vez mais as pessoas estão enxergando que a moeda veio para ficar.
O Bitcoin teve o seu fim declarado na mídia por 12 vezes este ano, até o momento da escrita desta matéria, segundo dados do Bitcoin Obituaries da 99Bitcoins.com.
Um exemplo é a matéria “Crypto is dead”, do jornal britânico The Spectator, publicada em 9 de maio, que cita a queda de 50% do BTC e diz que o mercado cripto se tornou “entediante”.
O tweet do brasileiro professor da Unicamp, Jorge Stolfi, de 4 de maio, afirmando que Blockchain e smart contracts representavam “uma fraude tecnológica” também foi considerado uma “morte do Bitcoin” pelo site.
A morte mais recente registrada, no entanto, ocorreu em 7 de junho de 2022; o programador Stephen Diehl opinou em seu relatório “Crypto-assets Are A Catastrophe”:
“As catástrofes e externalidades relacionadas às tecnologias blockchain e investimentos em criptoativos não são isoladas nem são dores de crescimento de uma tecnologia nascente. Eles são os resultados inevitáveis de uma tecnologia que não é construída para um propósito e permanecerá para sempre inadequada como base para atividades econômicas em larga escala.”
Diehl, em conjunto com Stolfi e outros especialistas em tecnologia recentemente publicaram uma carta aberta anti-cripto ao Congresso dos Estados Unidos pedindo que os legisladores tivessem cautela ao tratar do tema de Bitcoin e criptoativos.
Apesar das mais diversas críticas estarem sendo feitas ao bitcoin e à tecnologia blockchain agora, no passado foi muito pior. Na primeira metade de 2021 o número de anúncios do fim do Bitcoin chegou a 25, pouco mais que o dobro do mesmo período neste ano.
E isso acontece embora o Índice de Medo e Ganância esteja atingindo níveis baixíssimos atualmente, conforme explicamos na matéria “Bitcoin continua flertando com o nível de US$ 30.000, bom para comprar?“. Aliás, o nível de “8 de 100” foi visto em 17 de maio, o maior “medo” no mercado desde o começo da crise do covid em março de 2020.
No ano passado, aliás, o cenário foi diferente e os ataques dos críticos foram muito mais constantes. 2021 viu duas vezes mais “mortes” do Bitcoin em comparação com 2020.
O que é o “Obituário do Bitcoin”?
Desde o seu lançamento em 2010, o site tem servido como fonte para todos os obituários do Bitcoin. Cada obituário publicado no site deve atender às diretrizes rigorosas do site antes que possa ser considerado um obituário.
A decisão de publicar ou não um obituário no site é tomada após levar em consideração vários aspectos diferentes do Bitcoin ser declarado “morto”. Estes são os seguintes:
“O conteúdo em si (não apenas o título) deve ser explícito sobre o fato de que o Bitcoin é ou será inútil (sem “talvez” ou “poderia”).”
Condições adicionais incluem que o material seja gerado por um indivíduo que tenha um número considerável de seguidores ou por um site que receba um volume considerável de tráfego.
Uma limitação do “Bitcoin Obituaries” é que o único idioma aceito para as sugestões de envios é o inglês, o que levanta a questão de quanto conteúdo está disponível em outras línguas sugerindo que o Bitcoin está ‘morto’.
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