Foi publicado oficialmente hoje os valores, compromissos e princípios do mais novo partido que está se formando no país, o União Brasil (fusão do DEM com o PSL). O documento cita a inflação diversas vezes e ataca a ideia de Estado Mínimo.
O partido criou 44 compromissos, dentre eles o 31° chama atenção pelo seu ataque a ideia de Estado Mínimo, mesmo elogiando a ideia de privatização em outras áreas da economia.
“A privatização garante a desburocratização, a independência política nas ações e diminui o risco de corrupção. No entanto, não caímos na armadilha do Estado Mínimo. Acreditamos na construção de um Estado eficiente e fiel às suas obrigações indelegáveis: saúde, segurança, educação, assistência social, regulação, indução, garantia de oportunidades e promoção da equidade.” –afirma o documento.
A ideia de ter um Estado mínimo prega pela promoção estatal apenas da justiça, segurança pública e legislação.
Inflação chegando a 40% para os mais pobres:
Já o 18° compromisso reconhece o retorno da inflação alta principalmente para os mais pobres.
“Compreendendo que as famílias das periferias das grandes e médias cidades brasileiras têm sido fortemente afetadas pela crise do desemprego, pelo retorno da inflação (de alimentos, energia e combustíveis, em particular), pelo aumento da criminalidade e pela atuação crescente do crime organizado, dentre outras pressões que geram instabilidade nos núcleos familiares, assumimos o compromisso de construir políticas públicas com foco e base na unidade familiar.”
A inflação acumulada brasileira (IPCA) chegou aos dois dígitos no mês passado, pesando especialmente no bolso das famílias mais pobres. Arroz, feijão e outros alimentos básicos como tomate e boa parte das carnes subiram mais de 40% em 12 meses.
Bitcoin é a solução?
O partido não dá uma solução real e sólida para o problema inflacionário em que vivemos além de “assumimos o compromisso de construir políticas públicas com foco e base na unidade familiar”.
Apesar disso, o livre mercado está mostrando uma solução clara para o problema inflacionário que atormenta a vida do brasileiro. Segundo dados do IBGE, do mercado de criptomoedas e do Valor Data, o Bitcoin foi o único ativo de grande expressão a superar a inflação.
Desde a sua criação, o Real (BRL) perdeu mais de 85% do poder de compra e foi uma das piores moedas de 2020 em comparação com o dólar.

Até o momento, nenhum partido ou político brasileiro propôs algum projeto de lei que coloque o bitcoin como moeda corrente.
Os deputados Kim kataguiri, Aureo Ribeiro e diversos outros contam com projetos relacionados ao mercado de criptomoedas, como o uso de blockchain para substituir os cartórios e da regulamentação desta nova economia.
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