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Veja quais stablecoins brasileiras são as mais usadas

Stablecoins brasileiras

O mercado de stablecoins vem crescendo cada vez mais forte no mundo, chegando a dobrar de tamanho nos últimos 6 meses. E dados enviados ao Cointimes mostram que os tokens pareados no real brasileiro também estão crescendo.

Neste artigo veremos o estágio das nascentes stablecoins brasileiras, quais são as mais usadas on-chain e qual o futuro dessas moedas no blockchain.

Conhecendo a fauna de stablecoins brasileiras

As stablecoins são moedas que geralmente estão pareadas com alguma moeda fiat estável ou ativo (ouro ou até outras criptomoedas). Nós demos uma visão geral das stablecoins no artigo “Um olhar completo sobre as stablecoins”.

A ideia é simples, colocar ativos reais no blockchain e utilizá-los para diversos propósitos que vão de transferências entre exchanges até contratos complexos em aplicativos descentralizados.

A ideia é antiga e a primeira moeda desse tipo foi o Tether USD, criado em 2014 e que já tem mais de US$10 bilhões emitidos, se tornando o terceiro maior criptoativo em valor de mercado.

Entretanto, só recentemente tivemos a introdução de moedas estáveis que realmente pegaram tração no Brasil. São elas:

  • cBRL: A CryptoBRL foi emitida por um conjunto de corretoras com auditoria feita por vários membros conhecidos da comunidade Bitcoin, essa stablecoin brasileira tem um marketing forte e cresceu muito rápido.
  • BRZ: A Brazilian Digital Token é uma stablecoin baseada no blockchain do Ethereum e é a mais antiga da nossa lista, tendo sido criada no começo de 2019.
  • RAS: A Real Asset Service é outro projeto brasileiro que busca facilitar os pagamentos online, mesmo daqueles que não possuem contas em bancos.
  • RealT: Criada pelo “Barão do Bitcoin”, ela é uma versão melhorada de um projeto que nasceu em 2013 chamado de “BRL”. A RealT também funciona no Ethereum, assim como as outras moedas acima. 

A stablecoin preferida dos brasileiros é….

Em transações onchain, as moedas estáveis mais movimentadas são a cBRL, BRZ e a RAS, respectivamente. A CryptoBRL, mesmo tendo um início mais tardio, foi a que mais ganhou relevância nos últimos meses.

A cBRL ganhou mercado rapidamente após diversas ações de marketing, incluindo puzzles,  promoções de airdrop, além da grande adoção entre exchanges. Já falamos deles aqui no Cointimes, temos um review completo sobre a stablecoin.

Abaixo podemos ver o crescimento das transações on-chain da cBRL, que virou a stablecoin brasileira mais usada de acordo com dados do blockchain do Ethereum:

transações onchain das stablecoins brasileiras

Apesar de ser a mais usada on-chain, a cBRL tem apenas 339.000,00 tokens em circulação. Enquanto que a BRZ conta com mais de 16 milhões, segundo a página de transparência do site.

Uma outra característica relevante das stablecoins é a transparência. Uma ou mais auditorias realizadas por entidades confiáveis é um passo em direção a uma stablecoin de sucesso.

Apesar disso, os criadores da stablecoin mais famosa do mundo, a Tether USD, pecam na transparência e colocam o lastro de dólares do token em dúvida. Felizmente, os tokens brasileiros vão bem nesse sentido.

No caso da CryptoBRL são 5 auditores voluntários, incluindo o Cointimes, que atestam as informações da página de transparência do token.

A BRZ também possui uma página de transparência com diversas informações, e a RAS afirma que as exchanges e Mesas de OTC possuem um acesso online a conta bancária onde se encontram os fundos que lastreiam os tokens.

As stablecoins brasileiras têm futuro com o Pix?

Enquanto vemos um mercado de dezenas de bilhões de dólares em moedas estáveis nos Estados Unidos e Europa, o Brasil ainda tem pouco uso de stablecoins e muitas pessoas acreditam que com a chegada do Pix elas vão desaparecer. Será mesmo que isso vai acontecer?

Provavelmente não, já que na verdade o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central pode até mesmo ajudar na adoção das stablecoins brasileiras. Além de funcionar 24/7 como o sistema PIX, as stablecoins não têm limites de fronteiras e podem se integrar a um sistema aberto de aplicações descentralizadas.

As aplicações descentralizadas ou popularmente chamadas de DeFi permitem empréstimos colateralizados instantâneos, abrem as portas para protocolos de staking e muitas vezes são integradas a exchanges descentralizadas (sem burocracias de KYC).

Atualmente temos quase US$4 bilhões em DeFi, valor que não para de subir desde junho de 2020.

valor total em dólares em DeFi
Valor total em dólares em DeFi. Fonte: DeFi Pulse.

Se de um lado as stablecoins perderão atratividade no quesito transacional, se elas se integrarem com o ecossistema de DeFi, talvez, ainda consigam entregar valor para os usuários.

Fora que o Pix pode facilitar a compra dessas moedas, atualmente pode ser custoso fazer um TED ou DOC para uma corretora e então comprar um ativo como cBRL ou BRZ.

O que você acha das stablecoins brasileiras? Qual é a sua favorita? Deixe seu comentário abaixo.

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