Uma pesquisa revelou que sete das maiores empresas de mineração de bitcoin dos EUA tem o mesmo consumo energético da cidade de Houston, no estado do Texas.
Consumo de energia elétrica na mineração de Bitcoin
O alto consumo energético pela rede do Bitcoin é uma preocupação constante para diversos grupos diferentes.
Seja por questões ambientais, em grupos ambientalistas; preocupações governamentais e de imagem pública, em grupos de políticos ou corporações ESG; questões econômicas pelo aumento da demanda por energia elétrica (que causa aumento no preço para todos os usuários); ou ainda discussões puramente relacionadas à eficiência energética, melhor atendida por comunidades de outros projetos de dinheiro descentralizado.
Um destes grupos realizou uma pesquisa recentemente, que foi publicada pelo The New York Times no dia de hoje (15/07). O grupo em questão são políticos do partido dos Democratas nos Estados Unidos, que há tempos vêm mirando nas criptomoedas, tentando conter a ameaça ao seu monopólio monetário.
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De acordo com a investigação, foi constatado que apenas sete das maiores corporações de mineração de Bitcoin dos Estados Unidos têm consumo energético suficiente para abastecer a cidade de Houston, no Texas, com 2,3 milhões de habitantes.
Os 7 grandes mineradores utilizam cerca de 1.045 megawatts de eletricidade para manter suas ASICs ligadas em operação, enquanto números rodam aleatoriamente para tentar ganhar a loteria do próximo bloco e coletar a recompensa de 6,25 BTC a cada 10 minutos.
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Estas empresas de mineração relatam que continuarão comprando mais equipamentos de mineração, com o objetivo de melhorar sua hashrate e, com isso, as receitas e o lucro gerado na atividade. É esperado, segundo o relatório publicado, um aumento de mais de 2.000 megawatts nos próximos meses, triplicando o consumo atual.
Impactos sobre o Bitcoin
Toda essa atenção para o alto consumo de energia do Bitcoin é bem preocupante, já que a rede precisa dos mineradores para se manter funcionando e segura, ao mesmo tempo que a mineração precisa de energia elétrica que é um recurso escasso e de altíssima demanda no mundo inteiro.
Essa limitação física é também uma vulnerabilidade, já que a rede pode ser afetada por decisões locais de monitoramento, limitação ou até mesmo proibição por parte de governos.
Nos últimos anos vimos muitos países com grande porcentagem de hashrate agindo contra os mineradores, como foi o caso da China e do Cazaquistão, por exemplo.
A cada novo país que age contra os mineradores, menor a descentralização da rede no aspecto geográfico, já que diminui também a quantidade de países onde é possível estabelecer uma fazenda de mineração com ASICs e consumo energético.
Conforme a centralização aumenta, menos segura fica a rede e mais dependente do “bom comportamento” dos governos perante os mineradores das regiões que ainda permitem a atividade.
Redes como a da Nano (XNO), por exemplo – que gosto bastante a nível pessoal – focam em resolver esse problema de alto consumo de energia elétrica e ineficiência presente no Bitcoin, consumindo cerca de 15 milhões de vezes menos energia que o BTC em uma única transação.

Existem outras criptomoedas que também conseguem apresentar maior eficiência energética em redes descentralizadas e seguras, mas ainda são relativamente desconhecidas pelo mercado por uma baixa posição no ranking por capitalização de mercado.
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