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Governo do Canadá tenta bloquear bitcoin e falha miseravelmente, por enquanto…

Justin Trudeau e bitcoin

Em mais uma investida contra os caminhoneiros que protestam no Canadá pelo fim das medidas anti-covid, o governo tentou bloquear os fundos enviados para os manifestantes.

Para contornar a censura financeira, ativistas realizaram um financiamento coletivo com bitcoin. Por meio da segurança criptográfica e descentralização da rede, as transações de BTC são imparáveis, e o governo ainda falha em pôr a mão nessas moedas.

No entanto, as autoridades policiais, que anteriormente congelaram dólares canadenses na plataforma centralizada GoFundMe, marcaram 34 endereços de bitcoin relacionados ao “Comboio da Liberdade” em uma espécie de lista negra.

Isso significa que as empresas reguladas pela FINTRAC, a agência nacional de inteligência financeira do Canadá, estão impedidas de interagir com estes endereços. A informação foi divulgada pelo portal Finbold.com.

A situação dos protestantes se agravou com a promulgação da Lei de Emergências, que anula temporariamente alguns direitos civis dos cidadãos e permite, por exemplo, o congelamento de contas bancárias sem necessidade de mandato judicial.

Como era de se esperar, os canadenses reagiram mal à medida autoritária do primeiro ministro e começaram a incitar uma corrida aos bancos. Como consequência, houve relatos de diversas ATMs sem dinheiro para a realização de saques no país.

Os manifestantes falharam em cuidar da privacidade dos bitcoins no Canadá?

Embora o governo tenha um poder limitado quando se trata de movimentações na rede Bitcoin, as moedas “marcadas” são essencialmente prejudicadas com a tentativa de bloqueio.

Uma dessas carteiras possui a enorme quantia de um milhão de dólares em bitcoin. Mas alguém estaria disposto a pagar esse valor sem deságio, levando em conta que são bitcoins “discriminados”? Talvez não.

Para alcançar um nível de privacidade maior, uma das soluções que poderia ter sido utilizada é a de PayNym. Essa é uma funcionalidade do Bitcoin (BIP47) que permitiria que os doadores vissem, por meio de um código que nunca muda, sempre um endereço novo e nunca antes utilizado, desrelacionado com os fundos de outros doadores.

Isso não impediria que eles fossem relacionados posteriormente caso fossem gastos simultaneamente, por exemplo. Portanto, essa solução ainda exigiria cuidado posterior por parte dos administradores da vaquinha de bitcoin.

Outra solução seria utilizar criptomoedas focadas em privacidade, como é o caso da Monero, que ofusca os dados sensíveis das transações. Com um blockchain mais opaco, por assim dizer, as moedas da rede Monero são fungíveis, e portanto mais resistentes a essa tentativa de censura.

De qualquer forma, enquanto os bitcoins não tocarem exchanges canadenses, o governo falha miseravelmente em tentar bloquear as doações das pessoas para os caminhoneiros.

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