A compra do Twitter por US$44 bilhões está ocasionando diversas implicações, inclusive no mercado de criptomoedas.
De ontem para hoje, com a confirmação de que Elon Musk terá 100% de controle sobre o Twitter, a Dogecoin (DOGE) subiu mais de 10%, segundo o Coingolive.
Se simples tweets do bilionário sul-africano-canadense, naturalizado norte-americano e dono da Tesla eram capazes de movimentar o mercado, o que uma possível integração da Dogecoin na rede social não poderia fazer? Possivelmente essa é a tese dos traders de DOGE.
O movimento ainda é otimista para os entusiastas do Bitcoin, considerando que Musk também é bitcoiner. Segundo ele, sua carteira de criptomoedas é composta principalmente por bitcoin e ether, além de um pouco de dogecoin.
No ano passado, o empresário assumiu que além da Tesla, que é de capital aberto e portanto deve publicar suas compras, ter bitcoin, a sua empresa privada SpaceX também havia comprado BTC para compor o caixa. O Twitter cair nas mãos de Elon reforça os boatos de que a rede do passarinho azul pode ser uma das próximas a comprar bitcoin.
A negociação também colocou cerca de US$ 975 milhões nas mãos de Jack Dorsey, ex-CEO do Twitter que detinha pouco mais de 2% das ações da empresa. Bitcoiner maximalista e focado na sua empresa Block, Dorsey também pode beneficiar o BTC com esse dinheiro.
“Delete o Twitter”
Mas nem todo mundo ficou empolgado com a aquisição. Musk está declarando compromisso com a liberdade de expressão na plataforma para que o Twitter seja uma praça pública digital, ambiente para discussões abertas e sem censura.
Para esclarecer o que significa liberdade de expressão para Elon Musk, ele tuitou:
Além disso, ele prometeu algumas outras mudanças, incluindo:
- Tornar o algoritmo do Twitter de código aberto;
- Derrotar os bots de spam;
- Autenticar todos os seres humanos.
Como resultado, houve um disparo nas pesquisas por “Delete Twitter” nos Estados Unidos e no mundo de quase 700%, de acordo com o AskGamblers.
Um movimento que pode ter sido impulsionado pela mídia, incluindo UOL, Jovem Nerd, CanalTech, TecMundo, Newsweek, The Independent, CNET, e outros publicando matérias mostrando como desativar a conta no Twitter.
“Musk se descreveu como um absolutista da liberdade de expressão. E talvez sob sua liderança, o Twitter saia do negócio de censurar qualquer um que desafie ou tenha uma opinião diferente do establishment liberal [de esquerda].”, escreveu o ZeroHedge.
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