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O maior banco deste país vai vender bitcoin e em breve o seu também vai

Singapura

“Crédito, pix ou  cripto?” em breve essa frase pode substituir o famoso “débito ou crédito” e se você imagina que as criptomoedas estão longe da adoção em massa, veja esse compilado de notícias e entenderá como as maiores instituições do mundo estão silenciosamente se envolvendo com o bitcoin.

Na manhã desta terça-feira, o The BlockCrypto anunciou que o maior banco de Singapura irá criar uma exchange de bitcoin. Chamado de DBPS Digital Exchange, ele irá negociar Bitcoin Cash (BCH), ether (ETH), XRP e btc. 

A notícia poderia viralizar há uns 3 anos, contudo, empresas e bancos bem maiores estão se aventurando no universo de criptomoeda sem que você sequer perceba. Quer um exemplo no nosso quintal?

A falida XDEX tinha claras ligações com o maior banco da América Latina, cujo nome é o Voldemort dos bitcoiners no Brasil. O banco referido perseguiu donos de exchanges, fechou contas de usuários e negociadores de btc, mas no final estava nesse mercado indiretamente.

Mas não é só o “banco que não foi feito para você” que usa de práticas questionáveis para tentar dominar o mercado de criptomoedas. Um dos maiores bancos privados do mundo foi pego com a mão no pote, ou melhor, na carteira digital. Em 2017, o CEO do JP Morgan chamou o bitcoin de “fraude” e logo depois o banco estava comprando btc na baixa provocada pelo próprio CEO. Há menos de 48 horas, um relatório do  JP falou que o bitcoin pode triplicar de valor

E não para por aí, o Goldman Sachs lançou uma mesa de trading para negociar criptoativos em 2018. Eles têm até um diretor de “ativos digitais”. O Revolut, um dos maiores bancos digitais do Reino Unido, deu a opção de compra e negociar criptomoedas no próprio app.

Bancos estatais na briga pelo bitcoin

Entretanto, quem realmente está de olho nesse mercado são os bancos estatais e seus representantes.  Em 2019, o banco estatal francês Bpifrance – supervisionado diretamente pelo Banco Central Europeu – ajudou a levantar 8 milhões de dólares para a ACINQ, responsável por desenvolver a camada de pagamentos do Bitcoin Core (BTC).

O banco estatal suíço Basler Kantonalbanl (BKB) lançou em agosto serviços de trade e custódia de criptomoedas. O BKB tem em custódia cerca de US$49 bilhões. 

Poucas pessoas sabem, mas Glenn Hutchins  ex-assessor de Bill Clinton, ex-JP Morgan e  board member do FED de Nova York reeleito como diretor por 3 anos, está na diretoria do grupo DCG. Este grupo tem participações na maior parte das empresas do setor de criptomoedas, como Bitpay, Blockstream, Blockchain.com, Chainalysis, Nomics, Coinbase, Kraken, Ledger e muitas outras.  A participação de diretores e ex-diretores do FED em fundos que detém empresas de blockchain levou a diversas teorias da conspiração

E se você ainda não acredita que os bancos podem e vão guardar e te vender criptomoedas, saiba que a autoridade monetária dos EUA já deu o sinal verde.

Corretoras de Bitcoin se transformando em bancos

E se por acaso os bancos não aceitarem bitcoin, as corretoras de bitcoin estão se transformando em bancos digitais. Com grande apelo para a geração millennial que sofreu com a crise de 2018 derivada da irresponsabilidade bancária, as corretoras de cripto no Brasil e no mundo já deram os primeiros passos.

A Kraken anunciou a criação de um banco próprio no estado de Wyoming nos EUA. Na Suíça, há bancos de integração entre a economia tradicional e a digital desde 2013, é o caso do Bitcoin Suisse. Já no Brasil, a Bitcoin To You anunciou a criação de um banco próprio. 

Se não for por vontade própria, a força do mercado fará com que os grandes bancos aceitem o bitcoin e as criptomoedas. Como aconteceu com o Paypal, que após perder uma parcela de millenials para o app Square (que negocia bitcoin) resolveu entrar de cabeça no mercado de criptomoedas.

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