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Após bloquear usuários de bitcoin, HSBC quer entrar no “metaverso” de criptomoedas

Sandbox mais HSBC
  • O banco global HSBC demonstrou em algumas ocasiões ser contra o mercado de criptomoedas e a autonomia financeira.
  • Agora, a empresa demonstra interesse no metaverso e web3, iniciando um processo de colaboração com a The Sandbox.

HSBC e seu passado recente

O interesse recente do banco em metaverso e web3 pode chocar alguns investidores que acompanham o mercado (e o cointimes) e isso não é de se estranhar, devido ao histórico que o HSBC possui contra o Bitcoin e também contra a liberdade.

HSBC e a autonomia financeira

Entre 2019 e 2020, Hong Kong passou por uma série de protestos contra a lei de extradição imposta pelo governo central chinês, que permitiria uma interferência direta de leis chinesas autoritárias, diminuindo a autonomia que a cidade havia conquistado no decorrer dos anos.

Protestos de 2019 a 2020 em Hong Kong contra o totalitarismo do partido comunista da china.

Na época, Hong Kong representava aproximadamente metade de todo o faturamento do HSBC, com US$12,5 bilhões ao ano antes dos impostos, mas isso não impediu o banco britânico de tomar ações diretas contra os protestantes e contra a luta pela autonomia e maior soberania de Hong Kong contra o governo totalitário da China.

Em novembro de 2019, o HSBC passou a fechar contas relacionadas aos manifestantes, em uma medida de conter os protestos e se aliar ao PCC (Partido Comunista da China).

Em janeiro de 2020, o HSBC encerrou as operações de caixas automáticos na cidade, dificultando ainda mais o acesso dos cidadãos de Hong Kong ao seu próprio dinheiro sob a custódia do banco.

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HSBC e as criptomoedas

O banco global britânico também já demonstrou ser contra Bitcoin (BTC) e outras criptomoedas; tanto através de atitudes, como de palavras.

“Nós não ‘estamos no’ Bitcoin”, disse Noel Quinn – CEO do HSBC, em março de 2021.

Em janeiro de 2021, o HSBC bloqueou transações relacionadas com exchanges e investidores de criptomoedas, impossibilitando a transferência de dinheiro destas exchanges para suas contas bancárias.

Em agosto de 2021, o HSBC passou a bloquear operações de cartão de crédito com destino à exchanges de criptomoedas ou serviços relacionados.

Parceria com The Sandbox e investimento no metaverso e Web3

Na manhã desta quarta-feira, 16 de março de 2022, a plataforma The Sandbox anunciou uma parceria com o banco sob a manchete de “HSBC se tornará o primeiro provedor global de serviços financeiros a entrar na sandbox”.

Sandbox é um universo paralelo (ou, deveria dizer, metaverso) criado em uma realidade virtual que está atraindo a atenção de investidores, usuários e grandes empresas pelo potencial que ele trás para as novas formas de interação com a web – através da web 3.0.

Saiba mais: Quais os motivos para o interesse de empresas de varejo no metaverso?

A nova parceria permitirá que o gigante bancário “abra uma série de oportunidades para comunidades virtuais em todo o mundo se envolverem com provedores globais de serviços financeiros e comunidades esportivas no metaverso do Sandbox”.

O HSBC comprará imóveis virtuais no metaverso na forma de LAND. Ele o usará para se conectar e se envolver com e-esportes, esportes e entusiastas de jogos.

Talvez o banco esteja mudando sua cultura interna e visão sob o potencial das criptomoedas, mas talvez não.

É importante lembrar que o universo blockchain vai muito além de soluções financeiras que focam em trazer mais soberania e autonomia para seus usuários, como Bitcoin (BTC), Nano (XNO), Monero (XMR) e Bitcoin Cash (BCH), resolvendo diversos problemas existentes no sistema monetário central e no sistema bancário.

Então um movimento favorável na direção de um espectro deste universo não necessariamente significa uma mudança em relação aos espectros que talvez continuem incomodando o gigante global.

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